domingo, 22 de fevereiro de 2015

Back

Fez ontem um ano que Deus te levou para juntar dele. 
Fez ontem um ano em que recebi uma das piores notícias da minha vida, a notícia do teu falecimento, da tua partida. Ao início não acreditei, achava que era impossível  ter acontecido, ainda no dia anterior estavas tão bem e de repente deixaste-nos. Só acreditei quando te vi ali deitado prestes a seres sepultado. Aí sim, soube que era real, que afinal não era nenhum pesadelo. Tu tinhas mesmo partida, já não estavas mais entre nós, nunca mais te poderia ver, tocar, senrtir. nunca mais poderia chamar por ti e ouvir-te responder, nunca mais falaríamos, nunca mais irias brincar connosco. 
A partir deste dia, tudo o que restava eram as lembranças, as recordações deste 18 anos passados ao teu lado. 

A saudade é enorme, a mágoa e o vazio ainda maiores. Sei que estás bem onde quer que estejas, mas fazes tanta falta cá. Eras um dos maiores da família e de repente ficámos sem ti. 

A cada dia que passa ainda é custa a acreditar, no entanto a vida continua e nós temos de a seguir. Aliás era assim que tu querias que fizessemos. 


Só queria que voltasses para junto de nós, mas como sei que isso não é possível, só me resta dizer-te:
Nunca serás esquecido, e será sempre, sempre lembrado com um sorriso na cara, porque lembranças de ti são alegres, onde estás a sorrir, a brincar connosco.


Amo-te avô, e mesmo após continuo a amar-te. <3
Toma conta de nós... 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

...

Ainda há tão pouco tempo tudo parecia tão perfeito, parecia que estava a viver um sonho. 
Apareceste na minha vida por um acaso, e de repente começamos a falar horas e horas a fio. Falavamos de tudo, desde os nossos problemas, às nossas alegrias e tristezas. Sentia-me segura, sentia-me protegida. Fazias-me sentir como poucas vezes fizeram, preocupavas-te, mostravas-te interessado. 

Aos poucos, começou a surgir algo. Falavamos cada vez mais, não falhava um dia. Fomo-nos conhecendo melhor um ao outro, conhecendo a história de vida de cada um, começamos a descobrir um pouco mais sobre o outro. 

Naquele dia, quando te vi, não sei explicar o que senti. Quando nos abraçamos, quando nos beijámos- aí sim, aí tive a certeza que sentia algo mais do que amizade, Foram bastantes horas, mas que passaram tão rápido, quando dei por mim já estava na hora de vir embora. Quando me despedi, fi-lo com a esperança de voltarmos a estar a juntos, com a esperança de que tudo voltasse a repetir-se. 
No entanto, desde aí que te foste afastando, sem eu nunca ter percebido o porquê. Deixamos de falar horas e horas e passamos a falar uma hora no máximo por dia. Comecei a sentir-me triste por ver no que erámos e no que de repente nos tornámos. 

Contudo, voltamos a estar juntos, disseste que nesse dia nada aconteceria, no entanto ao fim de um longo tempo tu próprio tomaste a iniciativa, tu próprio me abraçaste, tu próprio me beijaste e eu na altura deixei-me levar pelo que sentia, por aquilo que queria, até porque algo me dizia que seria a última vez que nos veríamos, que estavámos juntos. 

Nesse dia, consegui perceber o porquê de todo aquele distanciamento da tua parte, mas tu próprio disseste que iriamos continuar a falar, que iríamos continuar a estar juntos. E agora? Agora nem falamos. Sempre que recebo uma mensagem, sempre que me ligam, o meu coração acelera com a esperança de que sejas tu, mas nunca és. E o orgulho da minha parte é tanto, que eu também não te consigo mandar mensagem. 

Mas foram tantas as promessas, tantas vezes disseste que a nossa amizade iria ser algo que irias querer manter, e agora pergunto-me: Até que ponto todas as nossas conversas foram sinceras? Até que ponto tudo o que me disseste em relação a mim, a nós foi verdadeiro? 

Tantas vezes agora me pergunto se alguma vez foste sincero em relação a nós. Todos os dias me lembro de ti, do teu cheiro, de como foste querido e carinhoso comigo :/ 
E só de saber aquilo que fomos e o que estamos agora, o facto de tudo ter "acabado" assim de repente, sem mais nem menos, sem uma palavra, sem um "adeus", ainda magoa mais...