quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Justiça? Isso existe neste país? Onde está ela?

Hoje durante a tarde ao fazer zapping na televisão deparei-me com um pai que se encontra há 12 anos sem ver nem ter algum contacto com a sua filha. Tudo isto, porque a mãe da criança apresentou queixas contra o pai da menor (queixas essas que foram arquivadas por falta de provas) e quando o tribunal decide que tanto os progenitores como a criança teriam de fazer uma avaliação psicológica na CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens) esta foge com a filha (uma criança que na altura tinha apenas 3 anos), sem nunca mais dar notícias.
Durante vários anos este pai nunca soube o paradeiro da sua filha e da ex-mulher, ou seja, durante todo este tempo este pai foi privado de fazer o seu papel de pai e esta criança (agora adolescente) foi privada de ter um pai.
Ao fim de alguns anos, o tribunal recebe anonimamente um comunicado em como esta criança e esta mãe se encontram no Alentejo.
Em tribunal, a filha diz que só fala se o "monstro" saísse da sala de audiências (como ela chama o pai, pois tem ideias erradas do mesmo, ideias essas que a mãe a fez acreditar eu era verdade).
Mais tarde, o tribunal decide que o pai teria de pagar a pensão de alimentos e tudo o resto (desde despesas médicas, escolares, etc) que envolvem a filha, durante os 12 anos que teve privado de a ver e de ter qualquer contacto com ela. E que a partir desse momento, teria de pagar todos os meses um X para ajudar, tudo isto sem sequer poder ter qualquer tipo de contacto com a menor. E a mãe? Esta mãe que privou este pai de acompanhar o crescimento da sua filha, de a ver no seu primeiro dia de escola, que privou esta criança de ter contacto com o seu pai? Que consequencia é que tem? Que consequência tem esta mulher que fugiu sem nunca dar notícias, esta mulher que fugiu de uma ordem de tribunal? Pois, infelizmente esta mulher não tem qualquer tipo de consequência...

Infelizmente esta mulher não é a única a fazê-lo... Infelizmente vivo bem de perto com esta triste realidade, de uma mãe que priva o seu filho de conviver com o seu pai e a família deste. Infelizmente sei o que é estar anos sem ter notícias de quem amamos porque a mãe não deixa, porque a mãe vai contra ordens de tribunais, contra acordos propostos por esta em tribunal.
Isto não é ser mãe... Nem há palavras para dizer o que isto é...
O que mais irrita no meio de tudo isto? É que o tribunal não faz nada, simplesmente anda a arrastar mês após mês, ano após ano. E quem sofre com isto? A criança (que nao tem culpa nenhuma), o pai da criança e por consequência a família do pai, os avós paternos, tios e primos do menino. Todos sofrem porque não há notícias, porque não sabemos o que se passa com ele, porque fomos privados de fazer parte da vida dele, de o ver crescer, de o ver sorrir... E a criança sofre porque como todas as outras precisam da figura paternal e esta está privada disso. A quem chama agora ela pai? A ninguém.

E caso se perguntem, este pai e este filho assim como a família deste pai amam-se como ninguém...
A grande questão é: O que faz a justiça deste país que ainda ajuda a que uma mãe faça esta privação? Onde está a justiça deste país que anda há tanto ano para tratar do poder de regulação paternal de um menor? Onde anda esta justiça que obriga um pai a pagar a pensão de alimentos e tudo isso de um filho, mas que não obriga uma mãe a cumprir uma ordem judicial, tão simples como deixar o seu filho a estar com o seu pai umas horas por semana? Que justiça tem o nosso país? Onde raio anda ela? Se é nos tribunais não é o que parece...

Tal como este pai que inicialmente falei, nós nunca iremos desistir de ti meu pequenino... NUNCA, nem que tenhámos de mover montanhas para te ter novamente connosco...

Todos nós te amamos e eu acredito que um dia esta justiça que tem sido tudo menos justa, irá ser justa connosco e contigo e te trará de volta para nós...


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

"As melhores recordações são as que ficam na nossa memória"

Meu pequenino, meu menino, meu priminho...
Apesar de toda esta distância que a tua mãe criou não há um único dia que não pense em ti, em como estás, que estarás a fazer...
És uma parte de mim, de todos nós cá em casa, uma parte que nos foi arrancada de repente e que deixou em nós um grande vazio, uma enorme dor e mágoa...
Todos os dias recordo o teu sorriso, as tuas gargalhadas, a tua voz que a cada dia que passa parece que está mais longe...
Eras o meu irmão mais novo, não de sangue mas sim de coração. Eras aquele que mesmo sem se aperceber nos fazia rir mesmo quando estavámos tristes. Aquele que enchia a casa de alegria, que nos contagiava com o seu sorriso.
Fazes falta a todos nós, e saber que andas algueres por aí, com raiva de nós (uma raiva que ninguém faz ideia de onde sugriu) dói. Dói saber que dantes dizias que não querias mais irmãos porque tinhas os primos, dói pensar em todos os momentos que passámos, dói fechar os olhos para poder imaginar que nos estas a abraçar, dói não ter notícias tuas.

2 anos se passaram e a justiça nada tem feito. A espera é horrível, saber que o mais certo é nunca mais nos vermos, nunca mais sentirmos o teu toque, ouvir a tua voz, receber o teu abraço, os teus sorrisos...
A cada dia que passa, mais um bocadinho de nós se perde.

A dor da perda de alguém que amamos é horrível, mas esta perda consegue ser pior, saber que nao temos noticias tuas, que estás em parte incerta sem quereres saber de nós.
Ver-te a passar por nós, ou a olhar para nós e agires como se não nos conhecesses...

Meu pequenino, adorava que um dia lesses isto, que soubesses que todos te amamos e que o que mais queremos e que voltes para nós, que voltes a ser aquele menino que ajudamos a criar, aquele menino com quem crescemos e tivemos o orgulho de partilhar parte da nossa vida...

Apesar de tudo isto, continuamos a preocupar-nos contigo, continuamos a querer saber de ti...

Espero que um dia voltes para nós, voltes para nos abraçar... <3

Sinto imensas tuas, mas neste momento apenas me posso agarrar as recordações que tenho tuas...

Espero que estejas bem, espero que estejas feliz...
Amo-te meu príncipe <3


domingo, 22 de fevereiro de 2015

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Fez ontem um ano que Deus te levou para juntar dele. 
Fez ontem um ano em que recebi uma das piores notícias da minha vida, a notícia do teu falecimento, da tua partida. Ao início não acreditei, achava que era impossível  ter acontecido, ainda no dia anterior estavas tão bem e de repente deixaste-nos. Só acreditei quando te vi ali deitado prestes a seres sepultado. Aí sim, soube que era real, que afinal não era nenhum pesadelo. Tu tinhas mesmo partida, já não estavas mais entre nós, nunca mais te poderia ver, tocar, senrtir. nunca mais poderia chamar por ti e ouvir-te responder, nunca mais falaríamos, nunca mais irias brincar connosco. 
A partir deste dia, tudo o que restava eram as lembranças, as recordações deste 18 anos passados ao teu lado. 

A saudade é enorme, a mágoa e o vazio ainda maiores. Sei que estás bem onde quer que estejas, mas fazes tanta falta cá. Eras um dos maiores da família e de repente ficámos sem ti. 

A cada dia que passa ainda é custa a acreditar, no entanto a vida continua e nós temos de a seguir. Aliás era assim que tu querias que fizessemos. 


Só queria que voltasses para junto de nós, mas como sei que isso não é possível, só me resta dizer-te:
Nunca serás esquecido, e será sempre, sempre lembrado com um sorriso na cara, porque lembranças de ti são alegres, onde estás a sorrir, a brincar connosco.


Amo-te avô, e mesmo após continuo a amar-te. <3
Toma conta de nós... 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

...

Ainda há tão pouco tempo tudo parecia tão perfeito, parecia que estava a viver um sonho. 
Apareceste na minha vida por um acaso, e de repente começamos a falar horas e horas a fio. Falavamos de tudo, desde os nossos problemas, às nossas alegrias e tristezas. Sentia-me segura, sentia-me protegida. Fazias-me sentir como poucas vezes fizeram, preocupavas-te, mostravas-te interessado. 

Aos poucos, começou a surgir algo. Falavamos cada vez mais, não falhava um dia. Fomo-nos conhecendo melhor um ao outro, conhecendo a história de vida de cada um, começamos a descobrir um pouco mais sobre o outro. 

Naquele dia, quando te vi, não sei explicar o que senti. Quando nos abraçamos, quando nos beijámos- aí sim, aí tive a certeza que sentia algo mais do que amizade, Foram bastantes horas, mas que passaram tão rápido, quando dei por mim já estava na hora de vir embora. Quando me despedi, fi-lo com a esperança de voltarmos a estar a juntos, com a esperança de que tudo voltasse a repetir-se. 
No entanto, desde aí que te foste afastando, sem eu nunca ter percebido o porquê. Deixamos de falar horas e horas e passamos a falar uma hora no máximo por dia. Comecei a sentir-me triste por ver no que erámos e no que de repente nos tornámos. 

Contudo, voltamos a estar juntos, disseste que nesse dia nada aconteceria, no entanto ao fim de um longo tempo tu próprio tomaste a iniciativa, tu próprio me abraçaste, tu próprio me beijaste e eu na altura deixei-me levar pelo que sentia, por aquilo que queria, até porque algo me dizia que seria a última vez que nos veríamos, que estavámos juntos. 

Nesse dia, consegui perceber o porquê de todo aquele distanciamento da tua parte, mas tu próprio disseste que iriamos continuar a falar, que iríamos continuar a estar juntos. E agora? Agora nem falamos. Sempre que recebo uma mensagem, sempre que me ligam, o meu coração acelera com a esperança de que sejas tu, mas nunca és. E o orgulho da minha parte é tanto, que eu também não te consigo mandar mensagem. 

Mas foram tantas as promessas, tantas vezes disseste que a nossa amizade iria ser algo que irias querer manter, e agora pergunto-me: Até que ponto todas as nossas conversas foram sinceras? Até que ponto tudo o que me disseste em relação a mim, a nós foi verdadeiro? 

Tantas vezes agora me pergunto se alguma vez foste sincero em relação a nós. Todos os dias me lembro de ti, do teu cheiro, de como foste querido e carinhoso comigo :/ 
E só de saber aquilo que fomos e o que estamos agora, o facto de tudo ter "acabado" assim de repente, sem mais nem menos, sem uma palavra, sem um "adeus", ainda magoa mais... 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Valorizar em vida ou depois dela?

"Valorizar em vida ou depois dela?" Esta questão tem-me "atormentado" ultimamente, porque custa ver certas pessoas serem estúpidas com as outras e quando a perdem sentem-se culpadas por tudo o que fizeram, sentem que talvez as coisas pudessem ter sido diferentes. E depois de muito refletir cheguei à conclusão:

 A vida dá muitas voltas. E por vezes andamos tão distraídos com as nossas coisas, com as nossas próprias preocupações que até nos esquecemos dos outros, esquecemo-nos daqueles que são importantes para nós, daqueles a quem sempre dissemos: "Estarei aqui sempre que precisares". E no fim, eles precisam e nós onde estamos? Estamos preocupados connosco mesmos, estamos preocupados com a nossa única e exclusiva felicidade. E quando nos vemos confrontados com isso só nos ocorrem desculpas, como falta de tempo, por exemplo. No entanto quando realmente uma pessoa é importante para nós, não custa nada perder um minuto que seja do dia para lhe mandar uma mensagem ou ligar! Porque às vezes um gesto tão simples como enviar uma sms dizendo: "Olá! Está tudo bem?" pode fazer a diferença, e faz com que o outro não se sinta só, não se sinta abandonado, porque muitas vezes estamos rodeados de pessoas, sabemos que podemos contar com muita gente, contudo falta aquele amigo tão especial, o melhor amigo, o irmão. Falta aquela pessoa que nos disse tantas vezes: "Estou aqui para tudo, sabes que poderás contar sempre comigo". E chega-nos aquele vazio, aquela solidão, principalmente porque quando ele mais precisou de nós, nós estivemos lá, apesar de andarmos super ocupados, preocupados, apesar da distância que muitas vezes afecta, e quando somos nós a precisar, onde está ele? Nem uma mensagem, nem uma chamada, nem nada!

E neste momento ando assim, sinto-me triste, vazia, sinto que aquela pessoa com quem sempre pensei poder contar me abandonou quando mais precisei. E é triste, saber que quando ela precisou fiz tudo por ela, nunca a deixei só e agora que preciso parece ter-se esquecido que eu existo. E aí eu pergunto a mim mesma: Será que alguma vez fui assim tão importante? Será que todos os momentos que passamos tiveram realmente a importância que dizia ter? Será que alguma vez aquelas palavras realmente tiveram significado?

No entanto, se há coisa que aprendi com a vida, principalmente estes últimos meses é que há realmente pessoas que não merecem as nossas lágrimas, o nosso sofrimento, porque os verdadeiros amigos não são aqueles que vão, mas sim aqueles que apesar da falta de tempo, apesar das ocupações, apesar da distância permanecem sempre... Aprendi também que o ser humano por norma só dá o devido valor às pessoas quando as perde, contudo existem duas perdas: -aquela perda que não tem volta, aquela que só se recorda os momentos passados com a pessoa porque a vida deu uma volta tão grande que sabemos que nunca mais veremos a pessoa, e existe aquela perda que apesar de tudo a qualquer altura ainda nos podemos reencontrar  a pessoa e talvez resolver as coisas, mas nem nesta última costumamos pensar. Mas eu penso muitas vezes, porque a vida são dois dias e a qualquer momento podemos partir sem regresso e aí só vão restar as lembranças, as fotos, as palavras, os momentos, resumindo: só irão restar as recordações. E depois? A dor da perda é tão grande, a dor de uma saudade que é impossível repor, e quando ouvimos dizer que o tempo ajuda, é mentira. O tempo só faz com que a saudade, o vazio, a dor e aquela esperança de tudo não ter passado de um pesadelo aumentem. De resto o tempo não ajuda em nada! A maior ajuda nestas alturas são os verdadeiros amigos, a família. Alguém que não se preocupe em não ter tempo!
Por isso, porque custa tanto pôr o orgulho de lado e darmos valor às pessoas antes que seja tarde demais? Antes que nem um adeus possamos dizer, nem um até já!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

♥ Palavras marcadas, palavras guardadas♥

E após quase 2 meses, apareceste-me nos meus sonhos. Aí senti que estavas em paz, que estás num sítio belo.
Ouvir a tua voz, ver-te novamente fez com que tudo tivesse parecido um sonho, fez com que por uns minutinhos o vazio que se instalou em mim desde aquele dia se tivesse preenchido, mas tudo não passou mesmo de um sonho. Quando acordei tudo voltou ao que agora é normal! A tristeza voltou-se a apoderar de mim, o vazio continuou, o querer voltar atrás no tempo voltou a aparecer.
As tuas palavras ficaram na minha cabeça, os teus pedidos, as tuas afirmações não querem sair. Foram estas palavras que me mostrassem que estás em paz, que estás bem e que nos queres ver a sorrir e unidos: "Mariline, passei cá para te dizer que estou bem, que não sofro, não sinto dores, não sinto tristeza, apenas sinto alegria por saber que neste momento a minha família se uniu, que não estão só unidos nos bons momentos, nem se mostravam unidos quando estava entre vós. Quero que saibas que já estive com o teu primo e com a avó Melinha e ambos têm orgulho em ti, assim como eu tenho, pois sei o que lutaste para chegar ode chegaste. És o nosso orgulho. Sei que tens andado triste, sentes-te em baixo, sentes que te abandonei, culpaste por não me teres ido ver, por não te teres despedido, por não me teres dito que gostas de mim, no entanto eu só não estou contigo fisicamente, tu é que não me podes ver nem ouvir, mas eu estou sempre contigo assim como estou com o teu irmão, primos, com os teus tios e com a avó. Não quero que vocês sintam que vos abandonei porque nunca irei fazer e não te culpes por nada! teve de ser assim, talvez para que a tua última memória minha não fosse eu deitado numa cama de hospital. Peço-te que continues a menina doce, amável, querida que todos nós conhecemos, a netinha que eu conheci e que ajudei a criar, apesar de não ter estado presente todos os dias. Continua assim, Mariline, continua a ser o orgulho de toda a família, e quando chegar o momento pelo qual sempre esperaste, assim como todos nós, quando chegar o dia em que podes usar o traje, eu vou estar a ver-te, vou estar ao teu lado! Minha linda, continua a ser uma mulher lutadora e luta por todos os teus sonhos, porque se fores abaixo eu vou estar ao teu lado! Quando te sentires só, vai à janela e olha para o céu, fecha os olhos e verás que não estás só, porque onde quer que estejas eu vou estar contigo! Sê feliz e lembra-te: Gosto muito de ti, de todos vós. Vocês foram o melhor que Deus me deu e ao fim de 78 anos parti feliz por saber que tenho uma família unida tanto nos bons como nos maus momentos."
É a estas palavras que me agarro e que me dão força para lutar, para reerguer a cabeça e voltar a sorrir, mas não um sorrir sem vontade ou um sorrir "falsificado" mas sim um sorrir de verdadeira alegria.

Continua ao nosso lado como sempre estiveste e continua a ajudar-nos como disseste que farias.

♥ Te amo, avô ♥

P.S. Porque "aqueles que amámos nunca morrem, apenas partem antes de nós", e tu não morreste, porque continuas vivo em cada um de nós, nas nossas lembranças, nas memórias mas acima de tudo: nos nossos corações. ♥

sexta-feira, 21 de março de 2014

Saudade que persiste

Faz hoje um mês que partiste sem nos dizeres adeus, um mês que sabemos que não te veremos mais!
A cada dia que passa a dor é maior, o vazio que sinto em mim aumenta. O saber que já não estás cá, que partiste para não mais voltar, que não nos pudeste dizer adeus. A saudade que invade a toda a hora!
Sei que partiste em paz, sei que partiste sabendo que todos nós estamos bem e que a tua mulher está em boas mãos, sei que partiste mas continuas ao nosso lado, no entanto isso não alivia a dor, não tapa o vazio que ficou instalado em todos nós.

Há dias em que penso que ainda é tudo um pesadelo na qual brevemente irei acordar, mas quando caio em mim percebo que esta sim é a realidade, apesar de tudo.
Tento distrair-me para não pensar muito mas o meu pensamento vai sempre para ti, para o teu sorriso.

E agora, passado um mês tudo o que nos resta são as fotos, as lembranças, as memórias, mas acima de tudo é a vontade de te ver novamente. A vontade de te poder abraçar de novo, de te poder ouvir, de falar contigo sabendo que me ouves e que me respondes.
Custa saber que entro naquela casa e que não te vejo mais, que vou à paragem e que tu não estás lá a passar o tempo. Recordar todos os pequenos momentos que não ficaram gravados em fotos mas que ficarão para sempre relembrados nas nossas memórias mas acima de tudo nos nossos corações.

Tanto ficou por dizer, tanto ficou por fazer. Tantos planos que agora terão de ser modificados!

Sei que ficaste orgulhoso e contente quando soubeste que entrei na universidade e sempre pensei que no fim do curso iria ter os quatro avós presentes, mas tu já não estarás lá, já não vais poder ver-me de "canudo" na mão, nem me abraçar e me dar os parabéns.

Mais uma vez obrigada por estes 18 anos que partilhamos juntos, por estares desse lado, obrigada por partilhares connosco as nossas brincadeiras, por não ficares chateado com certas coisas que nós fazíamos, por alinhares connosco em tudo. Obrigada por seres o avô 5* que sempre foste e por teres feito parte das pessoas que ajudaram os meus pais a me dar a educação que hoje tenho. Graças a todos vocês hoje posso dizer que fui bem-educada e tenho orgulho em poder dizer que o meu "velhinho", o meu "Tono" fez parte dessa educação.

Apesar de saber que não estás mais entre nós fisicamente, sei perfeitamente que continuarás comigo, tenho a certeza que estás bem e que estás todos os dias ao meu lado a dar-me força para continuar, a limpar-me as lágrimas quando chorar e a sorrir quando me vires sorrir, porque apesar de toda esta dor que se instalou eu sei que me querias ver feliz e a lutar por aquilo que me faz feliz e assim irei fazer, por muito que custe, por muito que cada dia seja uma luta para sorrir e para continuar eu sei que estarás desse lado juntamente com o Ivo e com a avó "Melinha" a ajudar-me...

Toma conta de todos nós cá em baixo, avô!!!

♥.♥ Amo-te ♥.♥

"Parece que foi ontem que vi seu rosto/ Você me disse o quanto estava orgulhoso/ (...) / Se eu apenas soubesse o que sei hoje
Eu te seguraria nos meus braços/ Eu afastaria a dor/ Agradeceria por tudo o que você fez/ Perdoaria todos os seus erros/ Não há nada que eu nao faria para ouvir sua voz de novo/ Às vezes quero-te chamar/ Mas eu sei que não estará lá
Alguns cias me sinto destruída por dentro/ Mas eu não vou admitir/ Às vezes apenas quero esconder/ Porque é de você que sinto falta/ E é tão difícil dizer adeus
Você me diria que eu estava errada?/ Você me ajudaria a compreender?/ Você está-me a observar?/ Você está orgulhoso de quem eu sou?/ Não há nada que eu fizesse para ter apenas mais uma oportunidade/ De olhar nos seus olhos/ E de retribuir o olhar
(...)
Se eu tivesse apenas mais um dia/ Eu he diria o quanto sinto a sua falta (...)"- https://www.youtube.com/watch?v=vCTM0_BuN9o